sábado, 14 de setembro de 2013

A Revira-volta

Há muito que não escrevo, é verdade. Mas hoje, mais precisamente esta noite, algo me fez despertar o bichinho que se encontrava adormecido. Senti saudades, saudades das teclas e, sinceramente, ainda mais saudades tenho da clássica caneta que escreve por entre linhas duma folha em branco... No entanto, sendo isto que está disponível, um novo blog, uma nova vida, um novo rumo, aqui estou eu a largar meras palavras, algumas soltas, outras não, apesar para abordar um assunto bastante comum na minha escrita, mas desta vez visto com outros olhos: o amor.
Antes via-lo como uma doença horrível que aos poucos massacrava o nosso corpo, desfazendo-o em pedaçinhos tão pequenino que depois para juntá-los todos parecia somente um milagre capaz. Digo o corpo pois apesar de se associar o amor ao coração, ao nosso principal órgão que muitas das vezes entra em conflito com o outro também essencial - o cérebro/a mente -, o amor, quando magoa, magoa-nos por completo, não só por dentro como também por fora. Ficamos sem forças, sem objectivos, sem vontade de erguer a cabeça e continuar, isto apenas porque o nosso amor nos falhou, isto porque achamos tudo ter falhado. Mas eu tinha esta opinião toda ela muito bem esclarecida e fundamentada na minha cabeça, na minha opinião é certo, o amor para mim era impossível de ser tão bonito quanto os outros pintavam e era, de todo, impossível um amor tornar-se semelhante a qualquer que fosse o conte de fadas contado na Disney. Antes nem me passaria pela cabeça que algum dia iria ser feliz neste campo do amor, cheguei até a pensar que não o merecia, que isso não era para mim. Por isso, fui simplesmente desistindo. Desisti de o procurar, deixei de insistir em algo inexistente e meramente fictício e comecei somente a "viver a vida", como dizem. 
Conforme fui desistindo outras opções começaram a surgir e outras questões foram colocadas, outras experiências começaram a ser vividas. Comecei a arriscar. Conheci novas pessoas, poucas mas, de facto, essenciais para a tomada de decisões que hoje me fazem inteiramente feliz. Conheci, ainda, uma linda mulher, morena, de olhos castanhos, com uma perspectiva de vida brutal, uma vontade de viver ainda maior/melhor, alegre, compreensiva, linda, diferente, única...perfeita. Encontrei, portanto, a minha namorada, a minha mulher. A melhor pessoa do mundo que tão feliz me faz e na altura igualmente tão bem me fez. Foi a única que me conseguiu curar da doença que tive durante muitos anos, foi ela que me mostrou o que é estar totalmente apaixonada por alguém, completamente caidinha. Foi ela (e é ela) que me mostrou (e mostra todos os dias) o caminho da felicidade, do amor... Ela é, sem dúvida alguma, não só a melhor pessoa do mundo, como também a mulher/a pessoa por quem me apaixonei verdadeira e puramente nestes 19 anos de vida; é ela, com toda a certeza, o amor da minha vida.
Assim, em meia dúzia de meses a minha vida deu uma revira-volta imensa, a minha cabeça outra ainda maior, mas não faz mal. Porquê? Porque todas as mudanças que se sucederam foram boas, pelos menos eu sinto e vejo que sim, todo o amor que sinto é mútuo. O apoio daqueles que me rodeiam é óbvio. Por isso, apesar de todos os contratempos, apesar de ainda existirem todos esses contras em relação a este belo amor de que falo - o meu verdadeiro amor - eu acredito que com muita força de vontade, com as palavras e atitudes certas, tudo se irá resolver. 
E depois? Bem depois nós seremos felizes para sempre...